quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Entrevista| Interview: Chris White



Depois de perder tudo na queda de mercado de 2007, Chris White resolveu mostrar o quão versátil era, tornando-se num escritor. Não mais parou desde então e no ano passado juntou-se a Aaron Patterson nas aventuras de “Airel”. Vamos então descobrir mais sobre Chris e saber como foi co-escrever uma estória.

Como foi escrever "Airel" juntamente com Aaron Patterson?
Foi uma experiência boa, porém desafiante. Não é fácil ter dois capitães no mesmo barco, mas creio que conseguimos desenrascar-nos muito bem. A maneira como o fizemos foi assim: o Aaron escreveu a primeira versão e enviou-me o rascunho, e depois eu reescrevi com base nisso, mudando algumas coisas e acrescentando outras aqui e ali. Andámos para a trás e para a frente até terminarmos. Nunca escrevi assim antes, mas apreciei o desafio, porque as recompensas foram muitas.

Isso parece um pouco difícil. E quanto a "Michael", seguiram o mesmo processo?
Actualmente estamos a trabalhar em “Michael” e acreditamos que a data de lançamento deste seja em março ou abril. Mudámos um pouco desta vez. O Aaron tem-me entregue o livro por secções ou etapas. Notei que este método tornou as coisas um pouco mais difíceis, porque quando faço uma alteração ele não tem necessariamente conhecimento da mesma (a menos que lhe diga), e isso tem consequências para mim quando ele escreve de acordo com um certo caminho que eu tenha talvez mudado ou eliminado por completo. Um pouco mais emocionante, talvez.

Como se conheceram e que o levou a decidir trabalharem juntos?
Vi por acaso um artigo num jornal local sobre Aaron e a sua empresa. Trouxe-o para o Writers Huckins Guild, um grupo de crítica da qual sou membro, com a intenção de o compartilhar com aqueles escritores que procuram ser publicados. Sentei-me e comecei a organizar os meus arquivos, até que alguém se sentou ao meu lado. Olhei para cima e lá estava ele: Aaron. Apresentámo-nos naquele dia. Poucos meses depois, um amigo em comum no Grupo sugeriu que co-escrevêssemos um livro juntos. Aaron e eu estávamos já a trabalhar em “Airel”, mas eu era o revisor/ editor. Tinha lido a estória por inteiro e, quando ele me sugeriu que fizesse um investimento maior do meu tempo e esforço na mesma, disse-lhe que não. Mas mudei rapidamente de ideias quando pensei melhor sobre o assunto. Achei que iria ser estranho, que ele não me permitiria fazer alterações ou adicionar certos bocados criativos à estória que tinha imaginado por mim. Mas não foi mau de todo; na verdade, foi divertido. Acho que trabalhamos muito bem juntos. Tem sido uma parceria agradável, colaborar com ele.

Quando começou a escrever?
Comecei a escrever a sério em 2008. Era proprietário de parte de uma empresa de construção civil e perdi tudo na queda do mercado de 2007. Quando me sentei para escrever sobre isso, pensando que o processo seria catártico, simplesmente não consegui parar. Escrevi 80 mil palavras em três semanas. Foi quando provei a mim mesmo que poderia produzir uma obra de tamanho considerável do início ao fim e torná-la coesa, compreensível. Em 2009 fundei minha própria empresa, a C.P. White Media, Company Limited, dedicada apenas às minhas próprias expressões artísticas.

Que livros publicou até agora?
Comecei com um livro infantil ilustrado chamado “The Great Jammy Adventure of the Flying Cowboy”. É sobre como as melhores aventuras acontecem quando estamos de pijama, e como os maus da fita nunca ganham. É um livro que foi projetado para ser rabiscado ou colorido Depois disso co-escrevi “Airel” e Aaron e eu trabalhámos juntos para publicá-lo. Em seguida publiquei a novela spin-off “The Diary Marsburg”. Ambos são número um nas suas respectivas séries. Também publiquei várias curtas digitais, mais um livro da minha série standalone, “K [phantasmagoria]”.

Recebeu um feedback positivo sobre estas obras?
A minha base de fãs é menor do que a do Aaron, mas está a crescer graças à nossa parceria na série “Airel”. Dito isto, sim, eu tenho um pequeno, mas fanaticamente leal grupo de fãs e eu adoro-o.

Tem algum ritual que gosta de seguir quando está a escrever?
Sim. Depois que deixar o meu filho na escola, tenho uma loja de café favorita a que vou. Recebo o meu café havaiano numa caneca e, como eles têm salas para os clientes, vou para uma que esteja disponível. Fecho a porta, coloco os auscultadores nos ouvidos e começar a escrever. Ouço música clássica principalmente, ou bandas sonoras de filmes. A minha banda sonora favorita é a do filme “Inception – A Origem”.

Qual foi o melhor conselho que recebeu sobre a sua escrita?
Duas coisas: uma, li Stephen King On Writing, um livro obrigatório para um aspirante a escritor. Dois, Aaron e eu desembolsámos cerca de 4500 dólares para uma aprofundada terceira ronda de edição de “Airel”. O nosso editor arrasou-nos e o MS ficou completamente diferente (para melhor) depois disso. Retenho essas lições e estou sempre à procura de maneiras para melhorar-me a mim mesmo e à minha escrita. Uma maneira chave como faço isso é assistir às reuniões mensais de um grupo de escrita, onde lemos e criticamos as coisas em que estamos a trabalhar. O feedback é inestimável.

No que está a trabalhar de momento?
Estou um pouco a mais de meio de “Michael”, a sequela de “Airel”.

Fale-nos sobre os seus planos para o futuro.
Vou continuar a escrever tanto quanto possa no futuro previsível. Tenho várias ideias a fervilhar. Este ano lançaremos “Michael”. Também irei trabalhar na sequela de “The Diary Marsburg”, chamada “The Diary Wagner” e que deve sair este verão. Trabalharei também na sequela de “K[phantasmagoria]”, chamada “K[apposition]”. Não é ficção para jovens adultos (YA), mas estou particularmente orgulhoso das reviravoltas que criei. Quero igualmente continuar a trabalhar na minha série de livros para crianças, “The Jammy Adventure Books”, no entanto é muito dispendioso produzi-los.

Onde podem os leitores encontrá-lo?
Twitter: @cpwhitemedia
YouTube: http://www.youtube.com/user/bookjunkydelux?feature=guide

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